Embora o tabagismo seja amplamente associado a doenças pulmonares e cardiovasculares, seus efeitos nocivos se estendem por todo o trato digestivo. Desde a boca até o intestino, as substâncias tóxicas presentes no cigarro provocam alterações estruturais e funcionais que comprometem a saúde gastrointestinal.
O contato inicial da fumaça com a cavidade oral favorece o desenvolvimento de lesões na mucosa, gengivite e mau hálito, além de aumentar o risco de câncer de boca e orofaringe. Ao ser inalado, o cigarro interfere na produção de saliva e no equilíbrio do microbioma oral, alterando a digestão inicial dos alimentos.
No esôfago, o tabagismo está relacionado ao enfraquecimento do esfíncter esofágico inferior, favorecendo o refluxo gastroesofágico e, a longo prazo, aumentando o risco de esôfago de Barrett e câncer esofágico. Já no estômago, o cigarro eleva a produção de ácido, diminui a proteção da mucosa e atrapalha a cicatrização de úlceras, além de potencializar infecções por Helicobacter pylori.
O intestino também sofre consequências: o tabagismo altera a motilidade intestinal, podendo contribuir para diarreias ou constipação, e influencia a microbiota, impactando a absorção de nutrientes. Além disso, está relacionado ao agravamento de doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn.
Parar de fumar é a medida mais eficaz para reduzir esses riscos. O corpo inicia um processo de recuperação já nos primeiros dias após a cessação, e, com o tempo, há redução significativa das chances de desenvolver doenças digestivas graves. O acompanhamento médico é essencial tanto para auxiliar na interrupção do hábito quanto para monitorar e tratar possíveis consequências já instaladas.
Na Gastrocenter, a abordagem é integral, visando orientar, diagnosticar precocemente e implementar estratégias para proteger a saúde digestiva de quem está em processo de abandono do cigarro ou já apresenta sintomas relacionados ao tabagismo.

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